A história da gastronomia
A alimentação passou por várias etapas ao longo do desenvolvimento humano, evoluindo do caçador nómada ao homem sedentário, quando este descobriu a importância da agricultura e da domesticação dos animais.
Antes da descoberta do fogo, os alimentos ingeridos pelo Homem eram frutos, raízes e folhas, bem como a carne e o peixe, que eram ingeridos crus (é de notar que o Homem nesta altura tinha uma constituição diferente, tendo um aparelho digestivo e dentário diferente). Caçava-se com arco e flecha, pescava-se com anzóis e arpões e montava-se armadilhas para encurralar os animais, para matá-los à medida da necessidade, o que evidenciava inteligência por parte de um Homem considerado primitivo.
A descoberta do fogo é um enorme marco na história da gastronomia, porque alterou por completo o estilo de vida da população: para além de esta ter ficado progressivamente mais sedentária, foram eliminadas muitas doenças causadas pela ingestão de alimentos crus. Esta descoberta contribuiu também para o desenvolvimento da agricultura e da domesticação de animais, e estas três, em conjunto, tornaram possível uma fixação da população em zonas definidas.
Estes progressos conduziram a uma maior abundância de alimentos, o que provocou um aumento demográfico (a população aumentou devido às condições mais favoráveis que se começaram a fazer sentir). Este aumento drástico na população levou, por sua vez, a um esgotamento dos recursos e à consequente migração para novos locais a explorar, dando-se assim a expansão da população para zonas distintas. Esta expansão, combinada com muitos outros factores, levou a uma evolução no Homem: este tornou-se mais inteligente. Esta evolução trouxe consigo progressos ao nível dos utensílios que o Homem utilizava e também dos seus meios de transporte que, cada vez mais sofisticados, lhe permitiram deslocar-se e efectuar trocas comerciais, cada vez mais diversificadas.
Entre os povos comerciantes,