A história da Farmácia no Brasil
O surgimento das primeiras farmácias, conhecidas como “boticas” na antiguidade, tinha supervisão dos jesuítas em colégios de norte a sul do país.
Foi na era das enfermarias e boticas dos colégios jesuítas, que o povo do Brasil colonial encontrava drogas e medicamentos vindos da Europa. Havia também remédios preparados com plantas nativas para combater as doenças, curar ferimentos e neutralizar picadas de insetos. Os remédios eram, em sua grande maioria, plantas medicinais.
O José de Anchieta, padre jesuíta, nascido na Espanha - foi o primeiro educador no Brasil, considerado por alguns também, o primeiro boticário de Piratininga (atual São Paulo). Importantes boticas sob a direção dos jesuítas surgiram a partir do século XVI na Bahia, Olinda, Recife, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.
O colégio do Maranhão possuía uma farmácia flutuante, a Botica do Mar, bem provida, que abastecia de medicamentos os lugares da costa, desde o Maranhão até Belém do Pará. Os jesuítas possuíam um receituário particular, onde se encontravam não só as fórmulas dos medicamentos, como seus processos de preparação.
A botica mais importante dos jesuítas foi a da Bahia, sua importância a tornou um centro distribuidor de medicamentos para as demais boticas dos vários colégios de norte a sul do país.
Mais tarde, surgiram as boticas comerciais. O comércio de drogas e medicamentos era privativo dos boticários (atuais farmacêuticos), segundo "Ordenações", conjunto de leis portuguesas que regeram o Brasil durante todo o período colonial, reformada por D. Manuel. Em vigor desde o princípio do século XVI, por leis e decretos complementares.
Até então, o boticário era o profissional autorizado a exercer as funções correspondentes às do atual farmacêutico. Somente em 1931, a profissão de farmacêutico foi finalmente regulamentada, passando a ser exercida apenas por profissional diplomado em instituições de ensino oficialmente reconhecidas.
O estabelecimento