A História da Confeitaria

A História da Confeitaria

A maioria dos doces surgiu associada às comemorações, porém. As receitas anteriores a 1200 - 1300 d.C. não possuem muita semelhança com os doces de hoje. Na antiguidade os pratos doces e salgados eram misturados entre si, já que o conceito de sobremesa ainda não existia. Os primeiros registros quanto aos doces datam o século I a.C: o grande filósofo romano Cícero cita ter comido na Sicília deliciosos tubinhos de massa de farinha, muito doces, recheados com leite, descrição que remete a um dos doces mais famosos do mundo, o cannolo siciliano. Grande parte das receitas consistia em cremes e pudins feitos com ovos, leite, mel e pimenta do reino, que eram assados ou cozidos até ficarem densos. Existia também o hábito tradicional de caramelizar avelãs e amêndoas com mel, obtendo um doce semelhante ao atual pé-de-moleque, além de rechear frutas secas com nozes para ocasiões especiais. O sabor adocicado aparecia com muito mais frequência nas bebidas, como o hidromel e o vinho obtido através da fermentação de diversas frutas. O descendente mais famoso dessas bebidas é a cidra. Até então não havia açúcar na Europa, toda a doçura de suas preparações era obtida através do mel ou das frutas. Em 900 d.C. ocorreu o primeiro contato dos europeus com o açúcar que, importado como especiaria árabe, possuía alto custo para a população. Em 1200 d.C. com o hábito de se realizar banquetes foram introduzidas as sobremesas como parte do cardápio, porém, eram servidas antes da refeição principal, pois acreditava-se que abria o apetite. No século XIV com a expansão marítima e exploração do Oriente, ingredientes importantes para a confeitaria começaram a chegar às cortes: o açúcar da cana, o cacau, a canela, o arroz, a noz-moscada e o cravo-da-índia. E após o descobrimento da América, o açúcar passa a ser acessível e