A historiografia da arquitetura brasileira no século XIX e os conceitos de estilo e tipologia
A idéia apresentada é a de trabalhar as opiniões sobre a rígida divisão entre os estilos que ocorrem no mundo e no Brasil, no qual as linguagens artísticas e a história relacionam-se, o barroco predomina no período colonial, o neoclassicismo e o ecletismo na Primeira República. A diversidade estilística na arquitetura do século XIX é encontrada nos programas, nas técnicas, nos estilos do passado e do presente; tantas são essas que levam dificuldade de entendimento e de definição dessa diversidade. Winckelmann, assim como Vassari, acreditava em um ideal de beleza. Porém, o primeiro acreditava que estava nos gregos e Vassari que estava nos romanos. Winckelmann relaciona a cultura ao meio geográfico, que influenciaria na produção artística. Gottfried Semper acredita que todas as artes possuem uma origem comum, seguindo um mesmo princípio e sofrendo um processo evolucionista dos estilos. Assim, sua teoria tinha como base as idéias da biologia da época, os princípios anatômicos de Cuvier e o evolucionismo de Darwin. Então, define uma origem materialista da arte. Hippolyte Taine acreditava que o meio seria determinante na arte, destacando os papeis dos agentes sociais. Assim, a manifestação individual do artista seria praticamente nula (lei das dependências mútuas). Alois Riegl fez uma análise histórica comparativa não acreditando numa seqüência evolutiva e, sim, numa criatividade continua dos estilos e culturas que são autônomas, porém não se rompem. Para ele, a transferência das artes de superfície implica no modo como se vai traçar, indicando uma pulsão artística que caracteriza o estilo. Sonia Pereira, após apresentar esses autores conclui que eles evidenciam a diversidade de abordagens existentes sobre estilo. Meyer Schapiro possui a opinião que estilo é