A historia do pequi em crixas
Por: Anadete Maciel Santos
A história de Crixás contada pelo escritor José Asmar, no livro ‘Crixás do berço de ouro à luta pela vida’, situa as expedições dos ‘bandeirantes paulistas’ no século XVIII, com destaque a bandeira organizada por Domingos Rodrigues do Prado (diz uma vertente da História ser este, aquele que inaugurou o chão Crixaense em 1734), João Leite da Silva Ortiz e Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera.
Estes líderes e suas grandes comitivas marcharam rumo ao Centro-Oeste naquele tempo chamado de “Sertão”, motivados e fascinados pela notícia da descoberta de minas de ouro e diamantes, riquezas que brotavam do leito e das margens dos rios! Historiadores relatam que o sonho de riqueza atraiu multidões tanto do Brasil como de Portugal para cá.
José Asmar cita Couto de Magalhães em um relato de O Selvagem: “com duzentas e mais pessoas por esses sertões, sem conduzir provisões [...] e raras vezes sem levar outros víveres além de sal, farinha, café e açúcar, porque os índios, [...] suprem-nos com rara abundância de peixe, caça, mel e quantidade de batatas, a rude, mas sadia mesa do viajante do sertão”. Antes, cita também o relato do alferes português José Peixoto da Silva Braga em 25/08/1734 na Gazeta Literária sobre os nativos da região, os índios da Nação Crixás cuja aldeia localizava-se “junto de um grande córrego, com bastante e bom peixe.” E ainda: “ No segundo dia em que marchamos a buscá-los, encontramos um rio caudaloso, em que havia muito peixe, cajus, palmitos e muita caça que nos serviu de muito.” Nesse mesmo contexto Asmar ainda nos informa que na aldeia complementava-se a alimentação com alimentos provenientes do plantio e colheita de milho e batatas, e destaca o comentário de Braga sobre o consumo dos mesmos “que aos chegantes serviram de sustento e regalo”.
Este último relato refere-se à fuga dos índios Crixás, amedrontados pelos bandeirantes, diga-se de passagem que o