A historia do HPV
No final do século XIX foi registrada a natureza infecciosa das verrugas. Em 1891, Joseph F. Payne, em Londres, publicou um artigo clássico: On the contagiousness of commom warts, onde descreve o desenvolvimento por auto inoculação de verrugas em seu próprio polegar, depois de ter raspado a superfície de uma lesão verrucosa de uma criança. Pouco tempo depois, em 1894, em trabalhos independentes, C. Licht e Gaston Variot, também demonstraram o caráter infeccioso daquelas lesões, provocando o aparecimento de verrugas em voluntários inoculados, experimentalmente, com macerados de tecido verrucoso (GARFIELD; 2002). No início do século XX, G. Ciuffo foi o primeiro a suspeitar que as verrugas fossem causadas por vírus. Em seu experimento, usou um filtrado, que havia Papilomavírus humanos após ter sido passado em poros incapazes de reter partículas com dimensões compatíveis com as dos vírus, para auto inocular-se e produziu verrugas na mão. Em 1933, Richard E. Shope, do Departamento de Patologia Animal e Vegetal, do Instituto Rockefeller para Pesquisa Médica, em Princepton, Nova Jersey, descobriu que os papilomas podiam ser transmitidos de coelhos selvagens, os rabo-de-algodão (cottontail rabbits), aos coelhos domésticos por meio de filtrados livres de células. Descobriu também que o agente causador desses tumores era um vírus, muito semelhante ao que produzia os papilomas em homens, em bois e em cachorros e o denominou de papilomavírus. (GARFIELD; 2002). Em 1935, Peyton Rous e J. W. Beard, do Instituto Rockefeller para Pesquisa Médica, em Nova Iorque,