A historia das coisas
Ao longo dos anos, a estratégia de manufatura começou a aumentar seu escopo, ao ser percebido que apenas fabricar não era suficiente para agregar valor. Era preciso que mais atividades fossem desenvolvidas para tal. De estratégia de manufatura, tornou-se hoje estratégia de operações. Na estratégia de operações são estudadas todas as atividades primárias da cadeia de valor, propostas originalmente por Porter (1985), com exceção de Marketing e Vendas, e são incluídas as atividades de Pesquisa e Desenvolvimento como atividades primárias (de Toni e Forza, 1992). Até a área de serviços, que até então era considerado radicalmente diferente de manufatura, foi tornado objeto de estudo da estratégia de operações, se aproveitando de boa parte do conhecimento gerado pela área de manufatura (Roth e Velde, 1991).
A estratégia de operações, entretanto, apesar das evidências empíricas disponíveis e proposições acadêmicas da década de 1980, não possuía um modelo teórico que explicasse porque a área de operações podia ser fonte de vantagem competitiva (Hart, 1995). Somente a partir da década de 1990, com o desenvolvimento da Visão Baseada em Recursos (RBV), inspirada nos trabalhos seminais de Penrose (1959) e