A hipotese vacinal

9114 palavras 37 páginas
A HIPÓTESE VACINAL

MOULIN, A. M.: ‘A hipótese vacinal: por uma abordagem crítica e antropológica de um fenômeno histórico’.
História, Ciências, Saúde — Manguinhos, vol. 10 (suplemento 2): 499-517, 2003.

A hipótese vacinal: por uma abordagem crítica e antropológica de um fenômeno histórico The vaccinal hypothesis: towards a critical and anthropological approach to a historical phenomenon
Em memória de
Roy Porter

Anne Marie Moulin
Directeur de recherche de CNRS
209-213 rue La Fayette
F- 75.480 Paris Cecex 10 France moulin@paris.ird.fr A partir de uma visão crítica sobre as interpretações correntes a respeito da história da vacinação, seja na vertente negativa seja na linha triunfalista, o artigo chama a atenção para a complexidade do fenômeno vacinal, revelada ao se adotar uma perspectiva que combine as ciências biológicas e sociais. Na perspectiva de uma antropologia das vacinas e da vacinação é possível revelar as múltiplas facetas históricas e geográficas de uma história aparentemente única, e se interrogar a respeito da unidade caleidoscópica das práticas humanas. Não existe uma única história da vacinação, mas sim vacinas que surgiram em diferentes períodos e países. Uma das conseqüências dessa abordagem foi a substituição do conceito de resistência das populações às campanhas de imunização pelo de aceitabilidade, sugerindo-se que a seleção de um conjunto de procedimentos para imunizar uma população constitui uma hipótese a avaliar diante da história.
PALAVRAS-CHAVE: história e antropologia das vacinas e da vacinação, políticas de imunização, resistência popular.
MOULIN, A. M.: ‘The vaccinal hypothesis: towards a critical and anthropological approach to a historical phenomenon’.
História, Ciências, Saúde — Manguinhos, vol. 10 (supplement 2): 499-517, 2003.
The article calls attention to the complexity of immunization by vaccine, from a perspective that combines the biological and social sciences

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