A heresia dos indios
O combate com a sombra. Veremos aqui a descrição de um combate realizado na corte na presença do rei da França. Esse combate simulado enfatiza as diferenças raciais, culturais e religiosas entre os homens cristãos ocidental no mundo colonizado. O profº Ronaldo dá seus primeiros passos a respeito do que realmente que falar em seu livro ao fazer citações de seus pesquisadores favoritos, como Laura de Mello e Souza – que sugeriu em seu livro que o saber demonológico e europeu.
O livro faz sugestão de que a idolatria colonial tinha cunho de resistência contra seus colonizadores, isto é, uma resistência social. Quando ele fala em idolatria, refere-se a um culto religioso inverso da ‘religião oficialmente reconhecida’ (o Catolicismo Romano). Mas o que queremos por em evidência é à busca dos ameríndios por uma Terra sem Mal, talvez uma terra que mane leite mel, um verdadeiro paraíso onde eles não precisassem mais ter de caçar para sua sobrevivência.
Em seu esplêndido livro À Heresia dos Índios, Vainfas procura reconstituir toda a complexa ambiguidade da identidade cultural mameluca, utilizando como ponto de partida a sua participação historiográfica no episódio da “santidade de Jaguaripe”.
Rebeldia dos ameríndios – “Em 1881, aparece no sertão baiano um profeta indígena que juntou à sua volta uma comunidade de algumas centenas de índios e africanos empenhados na procura da ‘Terra sem Mal’. E em 1583 e 1587 Manuel Teles Barreto, então governados da Bahia, escreve que a nova abusão conhecida por Santidade fora à causadora dos distúrbios ocorridos na região. Ouve muitas fugas de forros como também de cativos,