A hegemonia britânica e o imperialismo de livre comércio
Durante mais de meio século os holandeses lideraram os Estados recém-criados através do sistema de Vertfália, que se desfez rapidamente assim que foi criado. Tratando-se de poder, quem se beneficiou com o novo governo foram os ex-aliados das Províncias. A França e a Inglaterra, desde a eclosão das guerras Anglo-Holandesas em 1652 até o fim das guerras Napoleônicas em 1815, foram as grandes potências que dominaram o sistema interestatal. Foi com base nesse longo conflito que surgiram as fases da luta do “longo século XX”. A 1ª fase caracteriza-se mais uma vez com a incorporação do sistema capitalista. A Inglaterra e a França no final do séc. XVIII tentaram internacionalizar o poder e o comércio, controlado pelas Províncias unidas. As estratégias das Províncias superaram os principais Estados capitalistas do séc. XV. Entretanto, a Inglaterra e a França não conseguiram dominar os holandeses. A luta deu início a 2ª fase, com os dois rivais concentrando-se no poder, e incorporando as fontes de riqueza dos Estados capitalistas. A nova síntese do capitalismo foi criada pelos mercantilistas franceses e britânicos no séc. XVIII. Esse processo teve três componentes principais inter-relacionados: a colonização direta, a escravatura capitalista e o nacionalismo econômico. Todos esses componentes foram essenciais à reorganização do espaço político mundial, mas o principal elemento do conjunto foi a colonização direta, que fez parte da escravatura capitalista. A industriosidade dos colonos se deu a partir da escassez de mão de obra, com isso favoreceu a lucratividade das empresas capitalistas (África), transporte e utilização produtiva, sobretudo o trabalho escravo (Américas). Esse sistema de colonização direta e escravatura capitalista não tiveram condições necessárias para o sucesso do mercantilismo Francês e Britânico na reestruturação da política econômica global. O nacionalismo é o 3ª elemento