A guerra santa liberou o comércio
No século XI, dentro do contexto histórico da expansão árabe, os muçulmanos conquistaram a cidade sagrada de Jerusalém. Diante dessa situação, o papa Urbano II convocou a Primeira Cruzada (1096), com o objetivo de expulsar os "infiéis" (árabes) da Terra Santa. Essas batalhas, entre católicos e muçulmanos, ficou conhecida como Guerra Santa e duraram cerca de dois séculos, deixando milhares de mortos e um grande rastro de destruição. Ao mesmo tempo em que eram guerras marcadas por diferenças religiosas, também possuíam um forte caráter econômico. Muitos cavaleiros cruzados, ao retornarem para a Europa, saqueavam cidades árabes e vendiam produtos nas estradas, nas chamadas feiras e rotas de comércio. De certa forma, as Cruzadas contribuíram para o renascimento urbano e comercial a partir do século XIII. Após as Cruzadas, o Mar Mediterrâneo foi aberto para os contatos comerciais.
O que foi a Guerra Santa naquele determinado momento?
No momento em que o Papa Urbano chama os fiéis para as cruzadas, havia um interesse muito grande em terras. A nobreza já não tinha mais como dividir as terras. A Europa precisava de uma expansão. Ao mesmo tempo a Igreja precisava barrar o avanço do islamismo, pois ele avançava em passos largos sobre a Europa, pois já havia chegado à península Ibérica e tomado todo norte da África. Então, a idéia de você tomar a Terra Santa, onde Jesus nasceu e morreu, e que estava na mão de infiéis, explica o motivo religioso das cruzadas. Você tem um motivo religioso que é forte no momento das cruzadas. Mas existe também uma motivação econômica e uma motivação psicológica.
A Guerra Santa modificou a Europa profundamente, trazendo novos elementos que mudaram a vida das populações européias daquela época. A economia modificou-se radicalmente. Deixou de apenas produzir alimentos; conheceu novos produtos, aprendeu novos métodos de trabalho; e enriqueceu com novas indústrias.
Politicamente, as cruzadas selaram