A Guerra dos trinta anos
Para dar uma breve noção dos motivos que desenvolveram essa guerra devemos citar a situação do Sacro Império Germânico após o desenvolvimento das reformas protestantes. Naquela região, marcada como berço da Reforma, haviam diferentes reinos dirigidos por príncipes de orientação católica e protestante. Essa diversidade muitas vezes implicava em uma grande tensão política onde os reis de uma determinada região não aceitavam a prática de uma religião contrária à sua fé particular.
Na Boêmia, havia um impasse: a maioria da população era protestante, mas o rei, Fernando II, era católico. Fervoroso católico, educado pelos jesuítas e herdeiro da aliança entre os Habsburgo e o papado, Fernando reprimiu violentamente os protestantes, destruindo templos e impondo o catolicismo como única religião permitida no reino
A resposta da maioria protestante não se fez esperar: em 23 de Maio de 1618, insatisfeitos com os católicos que arrasaram um de seus templos, invadiram o palácio real em Praga e jogaram dois dos seus ministros e um secretário pela janela, fato que ficou por isso conhecido como a "Defenestração de Praga" ou "violência de Praga", desencadeando a revolução protestante esse marco ficou considerado como o inicio da guerra.
Nobres, indignados com os imperadores católicos em relação aos protestantes que habitavam a região, organizaram em volta de uma Liga Evangélica e os príncipes católicos na Liga Sagrada. Inicialmente, as tropas que compunham a liga Sagrada conseguiram se sobrepor aos exércitos protestantes e, com isso, a dinastia Habsburgo desfrutou de um grande território controlado por uma monarquia centralizada e apoiada pela Igreja Romana. A Dinamarca foi a primeira nação que se manifestou contra o grande reinado católico que se formava no Sacro-Império.