A Guerra do Fogo
O filme “A Guerra do Fogo” ilustra a história de algumas tribos pré-históricas que disputavam a fogo por motivos de sobrevivência, considerando que o fogo, na época, simbolizava poder – a tribo que possuísse o fogo tinha sua sobrevivência assegurada – e ninguém controlava a criação desse elemento, o que fazia dele tão especial.
É notável que, em todas as situações apresentadas no filme, há um sistema de comunicação em atividade, seja entre os membros de uma mesma tribo ou entre tribos adversárias, mas também é evidente que o processo de comunicação se dá de forma primitiva e nem sempre atinge seus objetivos. Os grunhidos e sons desengonçados que os hominídeos emitem para expressar suas necessidades constituem um aspecto interessante da trama, no qual podemos perceber que quanto mais uma tribo desenvolve uma comunicação complexa e com eficácia maior, mais ela consegue adquirir recursos para a manutenção da vida dos seus membros. O reflexo desse aspecto pode ser observado em pontos específicos do filme, como quando uma integrante de uma tribo pouco mais evoluída ensina, ao representante peregrino de uma tribo que perdera a posse do fogo, como se produz o fogo, ou ainda, como seria a maneira mais adequada de se efetuar um ato sexual.
É importante ressaltar que a marca principal deixada pelo contexto do filme não é simplesmente a busca das tribos pelo fogo, ou a dependência dos povos daquela sociedade em relação a este elemento da natureza; mas sim a evolução alcançada pelos hominídeos através da peregrinação em busca do fogo, no qual, ao entrar em contato com outra tribos, há uma troca de experiências e conhecimentos, representado pelos ensinos da integrante da tribo com maior evolução, com exemplo na cena que ela mostra como as ervas podem ajudar na cura de ferimentos. Até expressões como o sorriso, se mostram como evolução no processo de interação que há entre os personagens. É importante destacar e considerar que,