A Guerra de Secessão
A Guerra de Secessão ou Guerra Civil Americana foi uma guerra civil ocorrida nos Estados Unidos entre 1861 e 1865. Foi o conflito que causou mais mortes de norte-americanos, num total estimado em 970 mil pessoas - dos quais 618 mil eram soldados - cerca de 3% da população americana à época. As causas da guerra civil, seu desfecho, e mesmo os próprios nomes da guerra, são motivos de controvérsia e debate até os dias de hoje.
A Guerra de Secessão consistiu na luta entre 11 Estados Confederados do Sul latifundiário, aristocrata e defensor da escravidão, contra os Estados do Norte industrializado, onde a escravidão tinha um peso econômico bem menor do que no Sul. Estas diferenças estão entre as principais causas da guerra e têm origem ainda no período colonial: enquanto o desenvolvimento do Norte estava ligado à necessidade de crescimento do mercado interno e do estabelecimento de barreiras proteccionistas, o crescimento Sulista era baseado precisamente no oposto, ou seja: o liberalismo económico que abria todo o Mundo às agro-exportações e com mão-de-obra escrava (de origem africana) como base da produção.
Ao longo das primeiras décadas do século XIX, a imigração em massa e intensa industrialização fizeram com que o poderio do Norte crescesse economicamente e ampliasse politicamente sua participação no governo. Grandes tensões políticas e sociais desenvolveram-se entre o Norte e o Sul. Em 1860, Abraham Lincoln, um republicano contra a escravidão, venceu as eleições presidenciais americanas. Lincoln, ao assumir o posto de presidente, cognominou os Estados Unidos de "Casa Dividida".
Em 1861, ano do início da guerra, o país consistia em 19 estados livres, onde a escravidão era proibida, e 15 estados onde a escravidão era permitida. Em 4 de Março, antes que Lincoln assumisse o posto de presidente, 11 Estados escravagistas declararam secessão da União, e criaram um novo país, os Estados Confederados da América. A guerra começou quando forças