A gravura ontem e hoje
INTRODUÇÃO
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Denomina-se “gravura” a arte de reproduzir uma obra, comumente em papel ou tecido, a partir de uma matriz, que pode ser de madeira, pedra ou metal. Suas origens são muito antigas, remontando à civilizações como Índia, Egito e China, que já a partir do Século VII a utilizavam para reproduzir desenhos e orações em tecidos e papéis. No Ocidente, entretanto, a gravura se firmaria somente a partir da Idade Média, tendo se popularizado no final do século XIV, com a xilogravura – técnica onde a matriz é de madeira (geralmente nogueira ou mogno). Tornou-se histórica a primeira impressão da Bíblia, em 1456, pelo alemão Johann Gutemberg (1398-1468), que utilizou uma prensa móvel de madeira, processo que seria denominado “tipografia”. Iniciava-se então um grande avanço para a cultura e a propagação do conhecimento.
Outro método igualmente antigo e que também adquiriu grande importância e popularidade, principalmente a partir do Renascimento, é a chamada gravura em metal, ou de encavo, também conhecida como calcografia (do latim calco=comprimir). Derivado da ourivesaria, o uso da chapa de metal rapidamente supriu a necessidade de matrizes mais duradouras e resistentes do que as de madeira, além de possibilitar novos efeitos gráficos, com traços mais delicados. O metal mais comumente utilizado é o cobre, mas empregam-se outros como o aço, o ferro, o alumínio ou o latão amarelo. Ao contrário da xilogravura, onde a tinta é depositada sobre a superfície da matriz, na gravura em metal são os vincos que recebem a tinta.
Graças ao talento de grandes mestres, como Albrecht Dürer, Picasso, Rembrandt, Goya e tantos outros, a gravura foi paulatinamente deixando sua função meramente reprodutiva e ilustrativa de textos, para se tornar um genero artistico dos mais reconhecidos e apreciados, ainda hoje amplamente utilizado por artistas de todo o