A gravura como processo de pensamento
A Gravura como Processo de Pensamento
Marco Buti faz fez parte de uma nova geração de gravadores que procurava praticar a gravura como um processo original de pensamento plástico. Teve seu surgimento no cenário artístico em São Paulo na década de 80, realizou sua primeira exposição nos anos 90, tendo reconhecimento de seu trabalho conquistando importantes prêmios. É possível identificar no texto "A Gravura como Processo de Pensamento" de Marco Buti, questões relacionadas entre pensamentos, memórias, expressões e o ato mecânico e material com relação à gravação em si e execução do trabalho. O autor cita a complexidade de questões referentes à produção desde o encantamento diante de todos os instrumentos disponíveis e necessários para a execução da gravação até questões como a complexidade de não se ter a nação exata do resultado do trabalho, citado pelo autor como a impressão 1. Marco Buti coloca em pauta a importância do conhecimento dos instrumentos e materiais utilizados e o acompanhamento de um orientador maduro em relação aos procedimentos corretos de execução e elaboração da poética na obra, como é citado no texto: "a partir do momento em que associa a gravura a um projeto poético, o artista seleciona no arsenal técnico disponível apenas o necessário para produzir os signos correspondentes à manifestação integral do seu pensamento afetivo, incluindo dúvidas e desejos", agora colocado como uma segunda fase. Após o conhecimento da técnica é possível o artista deixar de desenvolver somente a parte artesanal do trabalho e passa ao desenvolvimento da poética que é colocado no texto como "arte 3". Marco Buti cita a expressão do artista Décio Pignatari como exemplo: "A passagem do tempo histórico para o tempo cultural é a passagem da tecnologia para a sabedoria" 4.Posteriormente faz a análise dos trabalhos de Décio Pignatari e Morandi, por utilizarem procedimento parecido e concretos e por terem registro destes processos