a grande guerra
Além do pacifismo de Wilson e principalmente de seu ministro do Exterior, William J. Bryan, outros fatores conduziram os Estados Unidos à neutralidade. O país foi profundamente marcado pela Guerra de Secessão: seus 600 mil mortos fizeram dela o conflito mais violento de sua história. Além disso, a América conheceu o maior fluxo de imigrantes de sua história, e 1914 foi o ano recorde, com mais de 1 milhão de chegadas – entre as quais a de muitos alemães, irlandeses e italianos, que não apoiavam nem a Grã-Bretanha nem a França. Os Estados Unidos ainda tinham uma longa tradição de neutralidade em matéria de conflitos europeus que remontava ao final do século XVIII. Enfim, possuíam uma marinha poderosa, mas não um exército terrestre digno desse nome.
A neutralidade americana de 1914 não foi, contudo, apenas um desdobramento de uma postura isolacionista: era vista internamente como uma postura ativa e benéfica para a humanidade. Desde o início da guerra, Wilson propôs uma mediação para colocar rapidamente um fim às