A GRAMÁTICA POLÍTICA DO BRASIL
Cap. 2 – Tipos de capitalismo, instituições e ação social.
Autor: Edson Nunes
Objetivo do autor:
Explorar o que ele chama de gramáticas sendo então, as relações entre o Estado e a Sociedade.
Hipótese:
Ao articular os quatro padrões institucionalizados de relações, - o clientelismo, o corporativismo, o insulamento burocrático e o universalismo de procedimentos- Edson Nunes mostra como, a partir da década de 30 (trinta), tornou-se viável a construção de um estado nacional e a ocorrência de um poderoso processo de industrialização no país.
Argumentação central:
Existem quatro principais gramáticas brasileiras; o clientelismo, o corporativismo, o insulamento burocrático e o universalismo de procedimento. O ponto chave é a diferença entre as instituições formais, características do capitalismo moderno e as periféricas, ou semi-industrializadas, como no caso o Brasil.
Com base nessa distinção, a separação é iniciada quando se realiza o contraste entre o clientelismo, que se caracteriza pela troca generalizada, e o universalismo de procedimento, que é a troca específica. Sendo que, este último, presente exclusivamente em um estado impessoal e impessoalista.
Ao longo do texto, Nunes demonstra as características básicas do capitalismo moderno. Dentre elas, uma atenção especial para o universalismo de procedimentos que significa as normas utilizadas por todos os indivíduos da pólis ou a eles aplicadas. Uma outra característica é a relação baseada no individualismo e no impersonalismo.
No capitalismo periférico, ele cita o Brasil e diz que mesmo possuindo as características capitalistas básicas, como o sistema de propriedade privada e o controle dos meios de produção, ele também caracteriza pela presença de um capitalismo histórico de periferia. “Cada país com a sua história”, para o autor, essas características não são vistas como um desenvolvimento linear, evolucionista, mas, sim, um sistema