A Gradativa Tomada de Posse
Para isso, nos primeiros anos após a chegada de Cabral, a Coroa mandou expedições a sua colônia da América. A primeira expedição chegou em 1501, e, além de nomear diversas localidades litorâneas, confirmou a existência do pau-brasil. Em 1503, outra expedição fundou feitorias no litoral fluminense para a armazenagem da madeira e o carregamento de navios. As feitorias, além de guardar os produtos extraídos da colônia, eram postos de defesa contra outros conquistadores. Em torno da sede, formavam-se plantios e se criavam animais para o sustento dos feitores e militares locais, de modo que acabaram por tornarem-se núcleos colonizadores.
Devido à abundância de pau-brasil no litoral brasileiro, a Coroa portuguesa estabeleceu o monopólio real sobre a exploração do produto. Mais tarde, os indígenas passaram a ser utilizados na exploração da madeira, por meio de escambo. Os indígenas realizavam o corte e o transporte da madeira e recebiam por isso objetos vistosos, mas de pouco valor, como espelhos, miçangas e instrumentos de ferro. Depois passaram a receber também armas de fogo, pólvora, cavalos, espadas, em troca de farinhas, milho e “peças”. “Peças eram os chamados “negros da terra”, indígenas aprisionados para serem escravizados. Em conseqüência, esse tipo de escambo estimulou, da mesma forma que na África, as guerras, as guerras tribais.