A globalização
O termo Globalização passou a ser difundido pela mídia financeira internacional na década de 1980. À medida que os avanços tecnológicos foram se dando e a comunicação foi se interligando globalmente, o termo passou a ser utilizado de forma mais ampla, conforme argumenta Ribeiro (2005). Neste cenário a Globalização passou a ser sinônimo de investimentos e aplicações financeiras em escala mundial para dar suporte à Globalização do consumo.
O fenômeno da globalização encurtou distâncias, acelerou processo de integração de economias que até pouco tempo eram inconcebíveis deveria facilitar o aumento dos movimentos migratórios no mundo. O que se vê que mesmo com os avanços nas relações internacionais e a descentralização de multinacionais os movimentos migratórios que deveriam tornar-se mais comuns tem enfrentado obstáculos como ressalta Canclini (2003):
[...] as migrações maciças e a globalização transformariam o mundo atual em um sistema de fluxos e interatividade onde se dissolveriam as diferenças entre as nações. Os dados demográficos não confirmam essa imagem de fluidez total, nem de uma mobilidade transnacional generalizada. O número total de pessoas que deixa seu próprio país para se estabelecer em outro por mais de um ano oscila entre 130 e 150 milhões, ou seja, 2,3% da população mundial. “O planeta nômade”, onde todos se deslocariam e circulariam cada vez mais rápido a um custo globalmente decrescente, está, na realidade, povoado de sedentários, e a imagem de um mundo atravessado por ondas migratórias incontroláveis não passa de mais um artigo do grande magazine dos clichês. (CANCLINI, 2003. p. 48-49).
Da globalização e integrações internacionais resultou um pluralismo jurídico e enfraquecimento do poder no controle e do poder jurídico individual de cada nação, levando o Estado-nação a um impasse e ao desafio de garantir os direitos do cidadão no contexto globalizado sem “ferir” os interesses internacionais em jogo