A globalização vista do lado de cá
Neste trabalho tenho o objetivo de analisar o filme visto por todas as suas nuance, sendo que o foco vai estar voltado para os três aspectos principais que são a globalização como é posta, a globalização como perversão e o mundo por uma outra globalização.
O filme é certeiro ao mostrar situações que poderiam passar despercebido como grandes sucessos da globalização e de fato mostram a realidade de uma sociedade fragmentada. Entre exemplos de privatizações de recursos naturais e corporações tão grandes quanto os níveis de miséria e desemprego, percebe-se a existência de uma sociedade baseada no modelo capitalista “selvagem”, onde as ações predatórias são justificadas ao se dar privilégios para uma minoria dominante. O mundo se divide em dois grupos: “o grupo dos que não comem e o grupo dos que não dormem com receio do grupo dos que não comem.” Dita por José de Castro durante o documentário.
A mídia não escapa das críticas. Para Milton Santos, a mídia tem o grande poder de controlar a interpretação do que acontece no mundo e, por isso, se torna uma intermediária da globalização. Podemos ver pelo fenômeno “Avenida Brasil”: o subúrbio carioca retratado pela classe média-alta. Mas nesse ponto podemos dizer também que a maioria não privilegiada teve sua revanche ao chamar atenção como movimento e mostrar que tem o poder de transformar a ordem imposta.
RESUMO
A crise se estabelece e Milton Santos faz este alerta quando afirma que: “O consumo é o grande fundamentalismo”. E é sagaz quando apresenta as três vertentes da globalização no mundo; a globalização como é posta, a globalização da perversidade e o mundo por uma outra globalização.
No decorrer do documentário é apresentada uma série de acontecimentos no mundo inteiro que focam a atenção nas causas que esta sociedade capitalista centraliza, a fim de obter benefícios próprios em detrimento da desorganização do território, da apropriação de bens comuns e do uso