A globalização: características e consequências
Desde os primórdios da Humanidade que o ser humano possui o desejo de ir mais além, de se superar em muitos e importantes aspetos.
Um destes é ao nível das conquistas da supremacia económica, daí, desde muito cedo, se verificar que as trocas comerciais se alargavam por vários continentes. Estas trocas intercontinentais foram intensificadas a partir do século XV, com a época dos Descobrimentos iniciada pelo povo português, que escoavam os seus produtos para as colónias africanas ou americanas e, em contrapartida, os custos de matérias-primas, mão-de-obra e produção de bens eram mais baratos.
Assim, as interdependências entre as economias mundiais foram-se intensificando e aperfeiçoando ao longo dos séculos, dando continuação ao processo de mundialização. A mundialização é caracterizada pela conveniente livre circulação de mercadorias, pessoas, capitais e bens ao nível global, devido ao enfraquecimento de barreiras alfandegárias e fronteiras físicas.
No entanto, a mundialização deu azo a que um outro fenómeno se originasse: a globalização. Enquanto a mundialização engloba sobretudo o aspeto económico, a globalização abrange a universalização de fenómenos ao nível social, político e cultural, através, principalmente, da livre circulação de informação que, impulsionada nomeadamente pela Internet, contribuiu assim para a criação de uma “aldeia global”.
A globalização possui aspetos vantajosos.
Através da globalização da informação e de certos produtos, é fácil estar a par de tudo o que se passa no Mundo e, assim, pessoas residentes, por exemplo, na Austrália, têm acesso a séries, filmes, bens alimentares típicos ou notícias da Rússia.
Também se assiste a um processo de aculturação, ou seja, certos hábitos culturais, valores ou até comportamentos disseminam-se para regiões muito diferentes das da sua proveniência. Por exemplo, quem é que permanece indiferente ao fenómeno da “selfie”, iniciado na Austrália? Ou a adoção do Dia das Mentiras, uma