a globalizaçâo da natureza e a natureza da globalizaçâo
O texto trata de maneira clara e de fácil compreensão principalmente a questão da sustentabilidade e do neoliberalismo ambiental, vistos pela ótica da geopolítica. Para introduzir o tema, o autor faz uma breve análise histórica do movimento ambiental abordado por diferentes sujeitos durante a época que vai da década de 90 aos dias atuais. Nos anos de 1990 a questão ambiental atinge maior visibilidade no cenário internacional e passa a interessar mais ao setor industrial. Esse contexto, combinado a um momento de maior importância do debate ambiental, em que ocorreu a Rio 92 e as negociações da rodada Uruguai do GATT, que se torna a OMC, traz como consequência as políticas delivre comércio que tornam as políticas ambientais mais difíceis em cada país, já que visam atender aos interesses de grandes corporações. A preservação do meio ambiente e a lógica do livre comércio de chocam pois o meio ambiente não é apenas o lugar onde se produz, mas também onde se mora, e os rejeitos não circulam livremente como as mercadorias, tornando-se parte do ambiente e prejudicando as pessoas que vivem lá em benefício de outras que geralmente estão fora dali. A legislação ambiental acaba sendo sempre constrangida pela lógica do livre comércio porque o que se quer que circule livremente são os proveitos e não os rejeitos, o que gera uma busca a uma sociedade a geográfica.
Ainda na primeira parte do texto, Porto-Gonçalves cita a obra "Changing Course", publicada em 1992 pelo suíçoStephan Schmidheinhy, para fundamentar seus argumentos. O livro trata-se de uma visão que acredita que o mercado, se operado livremente, é o único meio concebível de alcançar o desenvolviment0 sustentável. Os principais agentes dessa transição para um mundo mais sustentável seriam então as corporações multinacionais.