A gestalt
A GT apresenta sinergia com a definição e a prática na clínica moderna, que ultrapassa os limites de sua origem, bem como de seu conceito clássico (DUTRA, 2004). Etimologicamente, a definição de clínica tem em sua gênese uma ligação direta com a Medicina: clinicar, que vem do grego klinike, significaria ir ao encontro do doente, ou estar ao lado do enfermo.
A clínica tem uma prática e uma definição mais amplas, em que clinicar é ação de cuidar e de estar ao lado, ação esta não só vinculada ao médico e nem só direcionada a um enfermo, e sim ao indivíduo à procura de uma melhor qualidade de vida (DUTRA, 2004).
A partir do entendimento acima evidenciado, pode-se concluir que não existe mais o “paciente” em sentido mais clássico, porquanto o sujeito agora vai à busca, denotando claro papel ativo em relação ao seu estado atual e possibilidade de mudança.
Na clínica em GT, ser implica ir; ir por sua vez compreende movimento, trazendo consigo a ideia de motivação, que está intimamente ligada a estabelecer direção e sentido às ações. Nada mais próprio ao ser humano do que se atualizar em sua intencionalidade de modo dinâmico.
Há na razão um conteúdo inegavelmente emocional e na emoção um conteúdo racional. A beleza está no racional, tal qual o conhecimento está nas artes, podendo assim se entender que um método pode trazer à tona singularidades e não normatização. Este postulado, se assim pode ser dito, é peculiar à GT, pois nele se exprime a concepção de homem total, não em componentes estruturados, porém com suas