A geomorfologia e os depósitos quaternários
As grandes e intensas alterações climáticas ocorridas em todo o planeta durante o Quaternário, produziram mudanças nos processos de intemperismo e sedimentação, no nível dos oceanos, nos regimes fluviais e na distribuição biogeográfica, gerando transformações mundiais na paisagem. Daí a importância de se fazer um estudo do Quaternário e principalmente uma análise dos seus depósitos sedimentares, já que os mesmos, por registrarem as variações paleoambientais, fornecem subsídios para a compreensão da seqüência evolutiva da paisagem no passado geológico recente.
Como exemplo de depósitos quaternários pode-se citar as superfícies geomorfológicas, que é uma superfície do terreno, bastante plana e relativamente contínua, formada por processos erosivos e/ou deposicionais (fluviais, marinhos, glaciais, etc.) atuantes na Terra, que após a sua formação podem ser recobertas por depósitos eólicos ou gravitacionais passando a constituir as superfícies topográficas. Portanto, pode-se registrar a seguinte seqüência temporal nas superfícies de sedimentação: superfície geomorfológica – material componente – superfície topográfica. Havendo a retirada desse material de cobertura voltarão à condição de superfície geomorfológica.
Entre as principais superfícies geomorfológicas destacam-se as de origem fluvial e as de origem marinha.
A superfície geomorfológica formada pelos rios é classificada como terraço fluvial. Se for originada por erosão denomina-se terraço de abrasão fluvial e corresponde aos níveis de antigos leitos de rios. Sendo esculpido em rochas duras e mais antigas denomina-se terraço de abrasão fluvial sobre rocha e ser for escavado em materiais de preenchimento de vales constituirá o terraço de abrasão fluvial sobre preenchimento. Quando a cobertura sedimentar do terraço for bastante desenvolvida tem-se o terraço de construção fluvial.
Já por superfícies geomorfológicas formadas