A geografia
Outra causa da desertificação no Rio Grande do Norte é o desmatamento, pois a caatinga vem sofrendo fortes impactos ao longo do tempo, através de queimadas para dar lugar as áreas de plantações ou pastagem, bem como no aproveitamento da madeira das árvores, na produção do carvão, na alimentação dos fornos das cerâmicas, olarias, caieiras ou padarias. Essa prática vem resultando em significativa redução do recurso florestal com reflexo socioeconômico. Esses impactos estão associados ao sobre pastoreio e a agricultura em terras não aptas que podem conduzir a desertificação.
Cerca de 90% do território do Estado já sofre com o processo de desertificação, que desencadeia outros problemas ambientais, como o aquecimento global. O problema é resultado, entre outros fatores, de atividades econômicas praticadas sem os cuidados com o meio ambiente.
O intenso processo de degradação ambiental verificado atualmente nessa região é fruto da histórica ocupação com as atividades agropecuárias, acentuada, posteriormente, pela atividade mineira associada ao clima semiárido rigoroso predominante. Porém, os efeitos mais graves vieram surgir com o advento da atividade ceramista, grande consumidora de matéria-prima vegetal (lenha) como fonte de energia.
A construção e reconstrução do espaço geográfico passa pelo uso do solo como parte das atividades humanas e suas conseqüências recaem sobre ele. Dessa forma, o uso do solo para produção agrícola temporária e