A geografia

Com o passar dos anos a ciência geográfica tem se deparado por questões intrínsecas no que diz respeito ao seu objeto de estudo. Sendo hoje considerada como uma ciência das sociedades, das populações, dos Estados, das pessoas, tratando especialmente das questões espaciais, das relações que no espaço ocorrem. Nesse aspecto, os saberes geográficos são tomados por aqueles que tem interesses políticos, e a aplicação intencional como forma de dominação é explorado pelo autor como veremos a diante.
O autor inicia o seu texto realizando uma indagação sobre capacidade da geografia ser uma ciência fadada ao tédio ou que de forma tola, ingênua trata certos assuntos de importância relevada para a sociedade com o passar dos anos. A geografia por muito tempo tem se ocupado em descrever meramente paisagens, sem fazer as devidas conexões com o mundo, fazendo do saber geográfico algo sem muita importância diante de outras disciplinas. Sem falar no aspecto decorativo dos conteúdos ministrados na época como Lacoste vem pontuar: “Uma disciplina maçante, mas antes de tudo simplória, pois, como qualquer um sabe, "em geografia nada há para entender, mas é preciso ter memória ..." De qualquer forma, após alguns anos, os alunos não querem mais ouvir falar dessas aulas que enumeram, para cada região ou para cada país, o relevo - clima - vegetação - população agricultura - cidades - indústrias.”
As dificuldades pedagógicas em se ensinar geografia, na Universidade são colocadas em xeque, pois elas são mantidas no anonimato, encobertas e veladas com o passar dos tempos. O professor de geografia de certa forma é tido como responsável em desmascarar o real emprego da geografia, ou pelo menos do que ela deveria assumir. Não! A Geografia não serve apenas para fazer a guerra, “ela serve também para organizar territórios, são somente como previsão das batalhas que é preciso mover contra este ou aquele adversário, mas também para melhor controlar os homens sobre os quais o