A GEOGRAFIA: ISSO SERVE, EM PRIMEIRO LUGAR, PARA FAZER A GUERRA
ISSO SERVE, EM PRIMEIRO LUGAR, PARA FAZER A GUERRA
Y V E S L A C O S T E
UM SABER ESTRATÉGICO EM MÃOS DE ALGUNS – Capitulo 3
Para Yves Lacoste, a geografia era vista como um saber estratégico reservado a minoria da população. Os mapas e documentos estatísticos eram controlados também por essa minoria que estabelecia o poder. Era uma espécie de método para controlar a população sem tanto conhecimento.
Na URSS, os estudantes não tinham acesso a essas informações. Esses impedimentos dos conhecimentos geográficos também aconteciam em países do Terceiro Mundo.
A geografia é tida como técnica de guerrilha (guerra dos partisans*), para assim “conhecer” o território de combate.
Saber ler uma carta apresenta-se também nas manifestações urbanas, porem o povo só tem acesso aos croquis dos lugares visitados por turistas e não o plano da cidade.
Para os militares, a leitura de cartas é tarefa prioritária. Na maioria dos países democráticos, o acesso as cartas é livre, pois a população não sabe interpretá-la, logo não apresentariam riscos.
Na primeira metade do século XII, capitalistas da região de Lyon criaram uma estratégia geográfica para quebrar a força política dos operários. O trabalho da seda, até então concentrada em Lyon, foi repartido em grande número de operações técnicas. Com a dispersão dos trabalhadores, não haveria mais ação conjunta.
Nos meios de “esquerda” reclama-se da derrota política de aménagement (planejamento) do território. Essa estratégia era bem vista pelas multinacionais como forma de burlar métodos fiscais, salariais e monetárias. O Sistema das multinacionais é, sem dúvida, bem analisado, mas somente no plano teórico.
*partisans = guerrilheiros em guerras de emboscadas, soldados de tropas irregulares
MIOPIA E SONAMBULISMO NO SEIO DE UMA ESPACIALIDADE TORNADA DIFERENCIAL - Capítulo 4
Havia falta de interesse nos fenômenos geográficos e seu significado político não era entendido por todos, apenas pelos estados