A garota que roubava livros
1191 palavras
5 páginas
Todos nós sabemos: a vida é feita de momentos ruins. Bons, também, sem sombra de dúvida. Entretanto, os momentos de adversidades (que colocam nosso físico e emocional às situações e sentimentos extremos), nos marcam porque exigem mais de nós. Nos põe à prova. Como a maioria dos sofrimentos, esse começou com uma aparente felicidade. (página 76) Liesel Meminger é protagonista de ‘A menina que roubava livros’ e, assim como nós, vive momentos tristes. No começo do livro ela ainda não sabe, mas, dentre todas as dificuldades que irá enfrentar, as palavras se tornarão seu refúgio preferido, sendo capaz de salvá-la quando nada mais parecer ajudar ou mesmo fazer sentido. Liesel ainda não sabe, mas, mesmo antes de as guerras se tornarem verdadeiro pesadelo a ela e às pessoas em seu círculo de contato em Munique, colocando todos em risco, alguns furtos de livros serão a saída e o consolo para sua alma. No cômputo final, ela possuía quatorze livros, mas via sua história como predominantemente composta por dez deles. Desses dez, seis foram roubados, um apareceu na mesa da cozinha, dois foram feitos para ela por um judeu escondido e um foi entregue por uma tarde suave, vestida de Liesel é filha de mãe comunista e, no início da narrativa, está prestes a conhecer sua nova família, um casal que a adota (ela e seu irmão) em troca de uma ‘mesada’. A caminho de Munique, onde (mais tarde) será entregue a Rosa e Hans Hubermann (seus pais de criação), Liesel vê seu irmão morrer subitamente no trem, do seu lado. Com um olho aberto, outro ainda no sonho, a roubadora de livros —também conhecida como Liesel Meminger — pôde ver, sem sombra de dúvida, que seu irmão caçula, Werner, estava caído de lado e morto. (página 24) Calma aí! Começaremos tudo de novo. Liesel viajava de trem com sua mãe comunista e seu irmão mais novo. Fazia frio. Muito. E nevava lá fora. Enquanto todos (incluindo sua própria mãe) se entregavam ao cansaço de uma viagem de trem, ou mesmo à distração, Liesel vê seu irmão