A função social das escolas na contemporaneidade
Na década de 80, os profissionais da educação iniciaram, juntamente com a nova fase político-econômica e social no país (Nova República instalada no Brasil), uma participação ativa na configuração das políticas educacionais.
Preocupados com uma formação mais humanística e distanciada das formas de dominação existente, surgiu, no entanto, uma concepção crítica de educação.
As escolas, no entanto, precisavam estruturar suas práticas, contudo, observamos que “as funções da escola não se circunscrevem somente no âmbito pedagógico, pelo contrário, as práticas dessa instância são influenciadas por condicionantes sócio-político-econômicos, que validam diferentes concepções de mundo, sociedade e de homem. E, é com base nessas demandas, que a escola organiza suas ações, ou seja, as metodologias, o currículo, o planejamento, os conteúdos, a concepção de avaliação.” (Flávia Cavalcanti, 2010, pg.23).
A escola (...) é uma síntese entre a cultura experienciada que acorda na cidade, nas ruas, nas praças (…) meios de comunicação (…) e a cultura formal (…) a escola fará assim a síntese entre a cultura formal dos conhecimentos sistematizados e a cultura experienciada (LIBÂNEO, 2001, p. 4).
Hoje, visto o momento de globalização, competitividade, necessidade da construção de uma sociedade mais humana nos modos de educar, faz com que a escola deixe de ser apenas o local de aprender as letras e memorizar fórmulas prontas, passa também a ser um lugar com o compromisso de oportunizar o acesso à cultura, à tecnologia, à informação, de oportunizar a reflexão de questões relativas ao respeito ao próximo, suas culturas, etnias e orientação sexual, à preservação do meio ambiente, ao desenvolvimento sustentável, entre outros.
Mudar a forma de organização que a escola se utiliza requer mudanças “radicais” na sua forma de pensar, organizar, em fim, mudar de forma global. Essa escola não pode ser pensada de cima para baixo, mas