A funcao da assertividade no relacionamento afetivo
Paula Virgínia Oliveira Elias
Ilma A. Goulart de Souza Britto
Universidade Católica de Goiás
O amor é um poderoso estado emocional que pode direcionar um casal a estabelecer um relacionamento e a constituir uma família. Entretanto, apesar de ser considerado necessário este estado emocional não deve ser avaliado como fator determinante único e suficiente para a manutenção de um relacionamento afetivo. Não configura a base única para a construção do alicerce da convivência satisfatória. Certas habilidades comportamentais, integrantes do repertório comportamental característico de cada indivíduo, são cruciais para a manutenção de uma convivência harmoniosa e, mais do que isso, prazerosa.
Deve estar presente no contexto do relacionamento afetivo um conjunto de comportamentos, por parte de ambos, que podem ser denominados favorecedores da interação ajustada, como, por exemplo, alguma flexibilidade, confiança, tolerância, cooperação, capacidade para tomar decisões conjuntas, admiração, comunicação eficaz, entre outros
(Beck, 1995).
Dependendo da forma como o relacionamento se estabeleceu e das características de comportamento de cada parceiro, pode haver um comprometimento quanto à dedicação pessoal a determinadas áreas da vida. Muitos relacionamentos acabam por promover a dependência e a falta de privacidade. Isso pode trazer prejuízos para a manutenção de uma relação afetiva saudável, na medida em que limita as possibilidades de conquistas em outras áreas, como por exemplo, na área profissional e das amizades.
Quando há discrepância entre as condições básicas necessárias e as contingências em vigor no âmbito do relacionamento, a terapia pode ser um procedimento eficaz para levar a discriminação e modificação de comportamentos incompatíveis para a consolidação ou prosseguimento da união.
Para atender a estes objetivos, o processo de avaliação clínica deve ser amplo o suficiente para permitir ao terapeuta formular