A Fraude Do Banco Panamericano
2006: Teve inicio a fraude nas contas do Banco Panamericano. Além de contabilizar as carteiras de credito já vendidas em seu balanço, acredita-se que a instituição financeira registrava esses negócios com valores alterados. Outra hipótese levantada pela autoridade monetária é que a mesma carteira de credito tenha sido vendida mais de uma vez. Com isso, o balanço errava para cima o real valor dos ativos do banco.
2007: O Banco Panamericano lançou ações na Bovespa. A fraude inflou os resultados do banco e permitiu que a operação na bolsa fosse considerada um sucesso. No resultado final, a venda de 67 milhões de ações na bolsa rendeu à instituição 679 milhões de reais.
2009: A CEF informou ao mercado que passou a deter 49% de participação no capital votante do Panamericano e 20% do não votante, resultando em 35% do capital social. As ações foram adquiridas pelo preço de R$ 8,27 por ação, totalizando 739,272 milhões de reais.
2010: No final de setembro, por solicitação do BC, o Comitê de Auditoria do Panamericano se reúne para examinar o balanço da instituição financeira. Ao mesmo tempo, o presidente do Grupo Silvio Santos e o apresentador de TV engatam reuniões com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para evitar a liquidação do Banco. O empréstimo concedido foi de R$2,5 bilhões. Silvio Santos terá o prazo de 10 anos para quitar o empréstimo, feito sem juros, apenas com correção monetária e carência de 3 anos para começar a pagar.
No mês de outubro, o Comitê de Auditoria do Panamericano entregou aos responsáveis do BC um relatório apontando as irregularidades identificadas na instituição financeira, o qual mostrava que os dados não refletiam as reais condições do banco.