A força da escrita

716 palavras 3 páginas
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
ESPECIALIZAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA
DISCIPLINA: ANÁLISE DO DISCURSO APLICADA AO ENSINO DE LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
PROFESSORA: CARME REGINA SCHONS
ALUNA: RENATA ANDREOLLA

A força da escrita

“A escritura como cicatriz” de Simone Rickes traz um conjunto de ideias a cerca de que a escrita não é apenas um produto, propriamente dito, mas, antes de tudo uma produtora de um lugar de sujeito/ autor.
A autora defende que há dois tipos de leitores e autores, os empíricos e os modelos, baseado no pensamento de Umberto Eco. O leitor e o autor empíricos são aqueles que, quando se inicia a contar ou ouvir uma história, se faz presente, seja este explicitamente a pessoa que lê (ou ouve), ou um lugar ao qual ela se dirige. O autor e o leitor empíricos são aqueles concretos, que escrevem e leem os textos.
Já o leitor modelo, segundo Simone, “refere-se àquela instância ideal à qual o autor se dirige, tomando-o como um colaborador que torna possível à sua produção encontrar uma interpretação (pg.52)”. Dessa forma, o leitor e o autor modelos são imateriais. O autor modelo é o conjunto de métodos aplicados para que o leitor se posicione diante do texto; enquanto, o leitor modelo é aquele que se relaciona adequadamente com as instruções enunciadas pelo autor. É aquele capaz de decodificar a intenção do texto.
Um ponto de destaque no artigo é quando a autora fala das suposições, pois, “da mesma forma que o autor empírico de um texto postula um leitor modelo para seu escrito, também o leitor empírico do texto, como sujeito concreto dos atos de cooperação, construirá para si a hipótese de um autor modelo, a partir do exame das estratégias textuais.” (pg. 53) e cita Umberto Eco que diz que “(...) um texto é emitido por alguém que o atualize, embora não se espere (ou não se queira) que esse alguém exista concreta e empiricamente”.
Para Sartre, “um livro começa a existir não quando um autor termina sua redação ou

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