A FORMAÇÃO E OS EFEITOS DAS ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO NO MEIO BIOLÓGICO
A FORMAÇÃO E OS EFEITOS DAS ESPÉCIES REATIVAS DE OXIGÊNIO NO
MEIO BIOLÓGICO
THE FORMATION AND THE EFFECTS OF THE REACTIVE OXYGEN SPECIES IN
BIOLOGICAL MEDIA
Sônia Machado Rocha RIBEIRO1; José Humberto de QUEIROZ2; Maria do Carmo Gouveia PELÚZO3;
Neuza Maria Brunoro COSTA3; Sérgio Luis Pinto da MATTA4; Maria Eliana Lopes Ribeiro de QUEIROZ5
RESUMO: O oxigênio é utilizado como aceptor final de elétrons pelos organismos aeróbicos, porque permite elevada produção de energia na respiração, em conseqüência de seu alto potencial eletroquímico. Entretanto, devido a sua configuração eletrônica, o oxigênio pode sofrer reduções parciais e levar à formação de radicais livres, de forma que as Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) estão constantemente presentes nas células eucarióticas. Esta revisão aborda os aspectos químicos da formação de EROs, os principais sítios de produção no metabolismo humano, os seus efeitos fisiológicos como mensageiros secundários na transdução de sinais e as defesas antioxidantes do organismo humano. O rompimento do equilíbrio entre a geração de EROs e as defesas antioxidantes resulta no estresse oxidativo, o qual está associado a algumas condições patológicas.
UNITERMOS: Espécies Reativas de Oxigênio; Efeitos Fisiológicos; Defesa Antioxidante; Estresse Oxidativo.
INTRODUÇÃO
A existência de espécies químicas na forma de radicais livres foi primeiramente descrita no ano de 1900, quando a decomposição de hexa-feniletano em 2 radicais tri-fenilmetil foi demonstrada. Entretanto, reações envolvendo radicais livres no meio biológico foram consideradas de importância após 1940, com a introdução de técnicas que permitiram a detecção de radicais livres e os estudos da cinética das reações envolvendo espécies químicas de meia-vida curta. Cita-se, como exemplo, a
Ressonância de Spin de Elétron (ESR) e a Radiólise de
Pulso (BERGENDI et al.,1999).
As espécies químicas na forma de radicais livres centradas no oxigênio