A formação Modernista da Barra da Tijuca e seus reflexos hoje
A formação Modernista da Barra da Tijuca e seus reflexos hoje
O objetivo desse trabalho é analisar e refletir sobre o desenvolvimento urbano na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, a partir da rápida mudança de sua configuração rural para urbana até os dias atuais, e cujo padrão de configuração urbana (fragmentada) parece ser uma forte tendência a ser repetida em outras cidades do país. Será comentada a história do desenvolvimento e discutido do Plano Piloto até a atual configuração do bairro, com todos os seus problemas. O processo de ocupação da Barra da Tijuca foi induzido pela construção de estradas de rodagem. Muito antes que a região se adensasse, já tinham sido abertas as estradas dos Bandeirantes, do Joá, de Furnas, das Canoas, da Gávea, entre outras, que começaram a surgir ainda no século XIX, para atender a localidades distantes e de difícil acesso. A ocupação inicial foi caracterizada por grandes fazendas de cultivo agrícola e, ainda na década de 1940 surgiam os primeiros loteamentos, nas regiões do Jardim Oceânico e Tijucamar, voltados à classe média carioca.
Nas primeiras décadas do século XX, os movimentos de ocupação estavam relacionados com a busca de casas para veraneio, especialmente pela população da zona norte, que buscava as praias limpas e vazias da região. Até 1960, basicamente todas as melhorias executadas na região visavam o escoamento de uma pequena produção rural ainda existente e ao lazer da população. A partir da aprovação do Plano Piloto de Urbanização e Zoneamento da Baixada de Jacarepaguá, elaborado pelo urbanista Lúcio Costa Barra, em 1969, a cidade ganha uma nova fronteira de expansão imobiliária e finalmente a barra da Tijuca, que até então era vista como um imenso areal, passa a ser massivamente povoada..
O plano piloto previa a elaboração de um bairro nos moldes do modernismo de Brasília, porém menos rígido. Previa-se o zoneamento como forma de manter a ordem adequada na