A formação dos professores do século xxi
Philippe Perreneud
Crise dos Paradigmas da Educação Superior
Pedro Demo
RESENHA Por: Walyson Joselyo Alves da Conceição As nossas universidades, estereótipos que correspondem a um misto de obsolescência e ineficiência, não têm condição real de constituir-se vanguarda do desenvolvimento, lugar privilegiado para a sociedade discutir, ensaiar e realizar seu futuro. Com exceções, a universidade incorpora proposta falida, cuja revisão deveria ser radical. Mesmo as universidades públicas, instituídas para conjugar acesso democrático e excelência, não conseguem garantir nem um, nem outra, e tornaram-se absurdamente perdulárias face ao que apresentam. Não se pode esquecer a história curta que nossa universidade tem. Por outro lado, não se pode apenas censurar a história, pois isto seria injusto com os pioneiros e, sobretudo, com aqueles que lutaram pela implantação e crescimento das instituições de nível superior. De acordo com esta concepção, a universidade é instituição impreterível para o desenvolvimento humano sustentável de nossa nação, lugar privilegiado onde a sociedade e a economia discutem e fazem chances de futuro, celeiro da educação que pode humanizar a técnica. Por conta disso, não se justifica universidade e muito menos pública e gratuita, para apenas ensinar a copiar. Defende-se a necessidade de universidade pública e gratuita, desde que seja de vanguarda, para fazer vanguarda. Uma infinidade de outras problematizações são resultado de processo histórico equivocado, no qual mérito acadêmico e compromisso com o desenvolvimento humano foram substituídos pela cristalização do processo educativo, burocratização do sistema e pelo corporativismo. Por força da “isonomia”, todos os professores, produtivos e improdutivos, ganham a mesma coisa, são tratados do mesmo modo, serão logo titulares. Por conta da autonomia, pretende-se acesso orçamentário descontrolado, para gastar recursos alheios (da sociedade) sem mínimo