A formação do homem de fé - idade média
5. Idade Média: A Formação do Homem de Fé.
Os parâmetros da educação na idade média se fundam na concepção do homem como criatura divina, de passagem pela Terra e que deve cuidar, em primeiro lugar, da salvação da alma e da vida eterna. Tendo em vista as possíveis contradições entre fé e razão, recomenda-se respeitar sempre o princípio da autoridade, que exige humildade para consultar os grandes sábios e intérpretes, autorizados pela igreja, sobre a leitura dos clássicos e dos textos sagrados. Evita-se, assim, a pluralidade de interpretações e se mantém a coesão da igreja. Predomina a visão teocêntrica, a de Deus como fundamento de toda a ação pedagógica e finalidade da formação do cristão. Quanto às técnicas de ensinar, a maneira de pensar rigorosa e formal cada vez mais determina os passos do trabalho escolar.
A Educação na Idade Média é uma síntese da fundamentação da Educação Medieval, onde a religião surge como elemento singular, que, exposto à racionalidade, acentua a preocupação apologética, ou seja, a defesa incontestável da fé cristã. Divide-se a educação na Idade Média basicamente em duas tendências que aqui estão especificadas: a educação Patrística e a Escolástica, representadas respectivamente e principalmente por Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino.
Com a queda do Império Romano (séc. V), deu-se a formação de inúmeros reinos bárbaros cujo os chefes pouco a pouco foram sendo convertidos ao cristianismo, surgindo assim uma soberana influência da Igreja na educação do mundo ocidental.
O predomínio da temática religiosa, da defesa da fé cristã e do trabalho de conversão dos não-cristãos, onde o “crer para compreender e compreender para crer” fez com que a cultura greco-romana praticamente desaparecesse, principalmente no período feudal, salvo pelos monges que conseguiram conservá-la nos mosteiros.
Pode-se dividir, simplistamente, a Idade Média em duas tendências fundamentais: a