A formação do Design no Brasil
Havia, também, a importância de um profissional que fosse “capaz de criar uma linguagem original, como elementos visuais próprios, não nacionalistas, mais oriundos da nossa cultura, com signos próprios, mas de leitura universal” (Wollner, 1983) de modo que cada produto ou comunicação visual pudesse ser reconhecido como brasileiro pelos signos nele inscritos.
Após a II Guerra Mundial, o Brasil compartilhava de um clima de efervescência presente nos Estados Unidos e na Europa. Nessa época se consolidou a ideia de que as instituições culturais, além da conservação e exposição de obras de arte consagradas, deveriam se abrir para apresentar a arte livre e renovada de sua época, organizando também exposições temporárias e atividades didáticas, culturais e sociais. Segundo esta concepção foi criada no Brasil, em 1947 o Museu de Arte de São Paulo (MASP). No ano anterior, Assis Chateaubriand (1892-1968) já estava possuído pela obsessão de fundar “uma das maiores galerias de arte do mundo”.
No seu livro, Morais (1994) fez a descrição de como se deu a ligação de Chateaubriand com Pietro Maria Bardi, marchand e jornalista italiano, que estava no Rio de Janeiro naquele ano, apresentando uma coleção de 54 telas de pintura italiana do século XVIII ao século XVII, com o objetivo de vendê-las. Ao conhecer Bardi, Chateaubriand decidiu que ele seria o responsável pela montagem da galeria, pela aquisição do seu acervo e que a esposa do Bardi, arquiteta italiana Lina Bo Bardi, iria orientar o projeto de suas instalações, cuja