A FORMAÇÃO DO CASALE DECISÃO DE TER O PRIMEIRO FILHO
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OS ANTECEDENTES À CHEGADA DO BEBÊ – DA FORMAÇÃO DO CASALÀ DECISÃO DE TER O PRIMEIRO FILHO
1 O CASAL CONTEMPORÂNEO
O casal, bem como a família, são instituições que despertam o interesse de várias áreas de conhecimento. Suas representações acompanham as variações históricas e culturais de cada tempo. Para o sociólogo Singly (1993), contemporaneamente, a família tem uma característica de que os membros escolhem ficar juntos, pois tem interesse uns nos outros e na qualidade das relações estabelecidas. Houve uma mudança da essência do estar junto meramente pelo patrimônio econômico, para a satisfação da afetividade genuína das relações.
Neste cenário, o casal também se tornou mais autônomo em relação aos seus ascendentes, propiciando um fortalecimento da relação conjugal e um maior investimento deste casal na família que estão construindo. Para Veiga (2001), há uma separação necessária de ser feita de cada membro do casal em relação à sua família de origem, para que haja um fortalecimento desta nova família em constituição. Segundo este autor, pode-se constatar uma progressiva mudança histórica na forma de existência da díade conjugal. Considerando a história da Era Moderna, o casamento era eterno, majoritariamente arranjado pelas famílias, e compartilhado por uma grande parte da parentalidade que, inclusive, morava junta e compartilhava o cotidiano. No século XX, entretanto, já se pode falar da existência do casal independente da formalização do casamento e, cuja permanência é praticamente uma decisão diária, a partir da institucionalização do divórcio.
Além disso, uma importante diferenciação do casal contemporâneo é a questão da relevância da subjetividade individual na definição do casal. Ao que Lipovetsky
(2007) dá o nome de hipermodernidade, Giddens (1991), chama de pós-11 modernidade. Não há uma concordância entre os estudiosos sobre como chamar o que se está vivendo desde o final do século XX e no século XXI. O que é
consensual,