Cultura é todo o complexo que inclui conhecimento, crenças, costumes e todos os outros hábitos adquiridos pelo homem que são passados para as gerações seguintes. Porém, esses costumes e essas crenças, muitas vezes, ferem a ética humana, que é o conjunto de valores morais e princípios que regem a conduta humana na sociedade, fazendo o uso de métodos que podem ser extremamente constrangedores ou, até mesmo, letais. Um grande exemplo de constrangimento e que ocorre nas mais diversas culturas é a venda de jovens para um casamento precoce, no qual a menina não tem direito a conhecer o parceiro, o que causa uma grande revolta à jovem que foi vendida, pois, geralmente, são extremamente novas e os “compradores” velhos demais e, por isso, elas acabam fugindo em busca de uma outra vida, como retrata cenas do filme “A flor do deserto” vividas pela jovem Waris. Essa, foge da sua tribo, arruma abrigo na casa de alguns parentes e é mandada para Londres, onde a jovem Waris é descoberta por um fotógrafo que investe nela, tornando-a uma super modelo. Feito isso, Waris ainda tinha vários problemas, mas os principais ainda eram se adaptar a uma nova cultura e no fato de descobrirem que ela era diferente das outras mulheres, mas, ainda assim, resolve contar para uma amiga que foi vítima de mais um hábito cultural aos cinco anos de idade, a mutilação genital feminina. Tal procedimento acontece por questão de desigualdade de gênero, em tentativas de controlar a sexualidade feminina e ainda é difundido em cerca de 30 países, mas, principalmente, no oriente médio e na África. O ritual acontece quando as meninas ainda são crianças, sem anestesia e sem assepsia, tendo como consequência a infertilidade, sangramentos brandos e, geralmente, a morte. Por fim, sendo uma modelo bem sucedida, Waris tornou-se embaixadora da ONU e passou a lutar contra a mutilação feminina e pelos direitos das mulheres de diversas formas, através da fundação de uma organização que leva o seu nome envolvido