A filosofia e o poder na república de platão
Tinha a preocupação com a boa convivência dos Homens em sociedade, mostrando-se, assim, como um grande questionador da moral Ateniense. Assim, a Ética de Platão depende, intimamente, de sua Política.
Platão buscou desde cedo as causas da corrupção dos homens de governo, seus costumes e leis. Percebeu assim que não só Atenas, mas todas as cidades sofriam em razão de maus governos. Somente a filosofia iria purificar o homem, introduzindo a justiça na vida social deste. Assim sendo, a libertação atingia-se através do conhecimento, porém este conhecimento está associado ao intelecto, desprezando o conhecimento através da sensibilidade (as paixões pessoais, que levavam à imprudência). Nem as leis, nem ordenamento algum valem mais do que a inteligência. E todos os Estados reais existentes são corrompidos, apenas o Estado ideal pode ser perfeito, e este encontra-se inscrito na subjetividade humana.
O mundo das ideias, ao qual Platão exalta, trata-se de algo que para ele seria classificado como Imutável, Imaterial e Eterno, regido pela razão (ciência). E em contrapartida classifica o mundo sensível como mutável, material e sem eternidade comprovada, sendo algo ilusório, uma cópia do mundo verdadeiro. Para exemplificar esta noção criou a narrativa do clássico "Mito da Caverna". Por tanto, o mundo das ideias poderia ser atingido por meio da contemplação e da depuração dos enganos dos sentidos.
Quanto a definição de direito Platão nunca questionou diretamente sobre seu conceito, mas afirmava que a missão do homem político é a descoberta do justo. E seguindo o seu raciocínio de que a política, como forma de conhecimento, só poderia ser