A FIlosofia sobre a morte
Filósofo
Michel Eyquem de Montaigne foi um político, filosofo, pedagogista, escritor e cético francês, considerado como o inventor do ensaio pessoal.
Nascimento: 28 de fevereiro de 1533, Château de Montaigne, Saint-Michel-de-Montaigne, França
Falecimento: 13 de setembro de 1592, Château de Montaigne, Saint-Michel-de-Montaigne, França
Obra: Ensaios
Educação: Colégio de Guyenne, Universidade de Toulouse
Quem nunca teve a curiosidade, nem que seja mínima, de saber como é o primeiro segundo após a morte? Nunca ninguém “retornou” para contar. Já se ouviu experiências de pessoas que alegam terem presenciado o momento pós-morte. Mas nada concreto. Para Montaigne, a expressão morrer vai muito além de seu sentido natural que normalmente é empregado. Para ele, há duas formas de se deparar (ou ter a experiência) com a morte: o estudo e a contemplação. “Meditar sobre a morte é meditar sobre a liberdade” (Ensaios, XX: Filosofar é aprender a morrer) e é basicamente sobre isso que ele tanto insiste em seus ensaios. E é de alguma forma que este estudo e está contemplação nos levam a uma experiência extracorpórea.
A morte nos surpreende de várias formas, leva a todos sem distinção de raça, cor, nacionalidade, idade… De Reis e Rainhas ao Papa e ao próprio Jesus Cristo. É a única certeza deste mundo: de que um dia morreremos. E para onde iremos? Ninguém sabe. É por isso que Montaigne compara o fato da morte com o filosofar.
“Temo que tenhamos os olhos maiores do que a barriga, e mais curiosidade do que capacidade.”
E assim é o mundo hoje. Se filosofar é raciocinar tirando induções, argumentar, discutir com sutileza, Montaigne vai muito além. Todas as reflexões, argumentações que se observam neste mundo nos levam a um pensar único: não ter medo de morrer. Até mesmo as Sagradas Escrituras revelam que não há a necessidade de se ter medo da morte ou mesmo do que vem antes ou após ela, pois todo o esforço tende à felicidade e o bem viver.
“Em