A filosofia na formação do educador

SAVIANI, Dermeval. Educação: A filosofia na formação do educador. Educação: Do senso comum á consciência filosófica. Campinas – SP: Autores Associados, 1996. p.10-24.

Ana Cristina O Linhares

O capitulo: A filosofia na formação do educador aborda sobre a contribuição da filosofia na educação, ou seja, o sentido e a tarefa da filosofia na educação, mas se questiona também sobre o significado e a função da filosofia em si mesma. O ponto de partida da filosofia é, pois esse algo a que damos o nome de problema. Podemos dizer que o objeto da filosofia, é aquilo de que trata a filosofia, o que leva o homem a filosofar: são os problemas que o homem enfrenta no transcurso de sua existência. A palavra “problema” quando considerada sinônimo de questão é vista como qualquer pergunta, qualquer indagação. Mas este resultado se torna insuficiente quando se trata de uma questão simples ou até mesmo de uma questão complexa, quando se obtém a resposta ainda que esta leve algum tempo para ser respondida, não se caracteriza problema porque se obtém a resposta. Uma questão, em si, não é suficiente para caracterizar o significado da palavra problema. Porque uma questão pode comportar resposta já conhecida. E quando a resposta não for conhecida, trata-se do problema como não-saber. Isso caracteriza o problema como aquilo que se desconhece. Levando ao extremo, considera problema como mistério, enigma. No entanto, o fato de desconhecermos algo, de não sabermos a resposta à determinada questão, não é suficiente para caracterizar o problema. E quando o não-saber é levado a um grau extremo, implicando a impossibilidade absoluta do saber, configura-se, como o mistério. Mistério, porém não é sinônimo de problema. É, ao contrario e frequentemente, a solução do problema. Isso se dá quando o homem passa a crer no desconhecido, mas se caracteriza em problema quando esta crença é abalada. Outros vocábulos se registram a cerca do termo, como: obstáculo, dificuldade, duvida etc.