A Filosofia na Educação
Enquanto o mundo mítico é formado por certezas dogmáticas, a consciência filosófica introduz a perplexidade. Para Platão, a primeira virtude do filósofo é ser capaz de admirar-se: a admiração é a condição de onde deriva a capacidade de problematizar.
A Filosofia , não consiste em um corpo acabado de conhecimentos, nem o filósofo detém um saber que o coloca acima de todos, ela se situa na história e suas preocupações mudam conforme os problemas que precisa enfrentar.
Vivemos num mundo imediatista , voltados para as coisas práticas da vida,interessados na aplicação imediata dos conhecimentos , neste sentido não encontra muitos adeptos e ao contrário é freqüentemente repudiada como sendo uma teoria inútil. Entretanto se faz necessária. Por meio da reflexão é possível que se tenha mais de uma dimensão, impedido a estagnação, sendo que sempre se confronta com o poder,não devendo sua investigação estar alheia à ética e à política. Descobrir a verdade é ter a coragem de enfrentar as formas estagnadas do poder que tentam manter o status que, é aceitar o desafio da mudança.
Ora se a Filosofia é uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto que se faz a partir dos problemas propostos pelo nosso existir, é inevitável que entrem os referentes à educação. Por tanto caberá ao filósofo acompanhar reflexiva e criticamente a ação pedagógica, de modo a promover a passagem “de uma educação assistemática ( guiada pelo senso comum), para uma educação sistemática (alçada ao nível de consciência filosófica)”.
Ao ter sempre presente o questionamento do que seja educação, a filosofia não permite que a pedagogia se torne dogmática, nem que a