A filosofia medieval de santo agostinho
Agostinho encontrou essa felicidade ou beatitude através da fé e da intuição e não pelo esforço intelectual, ele retoma o grande problema da Patrística a conciliação entre a razão e a fé, entre a filosofia pagã e a fé cristã. Na verdade, seu maior empenho foi dar uma explicação racional aos dogmas cristãos Agostinho conhecia as ideias dos céticos da Nova Academia platônica (Arcesilau e Carnéades) que ensinavam que se deve duvidar de tudo e que só se pode conhecer o que é provável (probabilismo), sem absoluta certeza da verdade. Ele consegue vencer o ceticismo, aprofundando-o: se duvido, no ato de duvidar tenho consciência de mim mesmo como àquele que duvida - Se eu me engano, eu sou, pois aquele que não é não pode ser enganado - não posso duvidar de o meu próprio ser, tenho a certeza de mim como existente. Atingindo a certeza da própria existência através da dúvida, Agostinho antecipa Descartes, que formulou sua reflexão doze séculos mais tarde: cogito, ergo sum - penso, logo existo. Agostinho distingue dois tipos de conhecimento: Aquele que decorre dos órgãos dos sentidos que apreendem os objetos exteriores - é mutável, temporal; portanto, não necessário;
. Se considerarmos que o homem é tão mutável quanto às coisas que nossos sentidos percebem, donde virá o conhecimento da verdade e imutável e necessária? Responde o filósofo: da iluminação divina. Outra vez encontramos Platão - na alegoria da caverna, o homem pode conhecer