A filosofia do Ser e do Ter
No período que compreende a Idade Média, Ser era mais importante do que ter, visto que a religião Cristã pregava que só os bons iriam para o céu e que este era o paraíso, logo as pessoas não se apegavam aos bens materiais, só se importavam em serem boas. Com a modernidade e com a decadência da Igreja, o Ter passou a ser mais importante do que o Ser, pois as pessoas de hoje estão mais preocupadas com o agora do que com o amanhã. Com a ascensão do Ter, o consumismo aumentou exageradamente e as pessoas passaram a comprar coisas que não lhes eram úteis e até mesmo que lhes faziam mal.
Marx critica muito o consumismo, pois este gera a ambição que, consequetimente, gera a violência e a corrupção, as quais são elementos quase que enraizados no capitalismo, motivo pelo qual Marx propôs o socialismo, ideologia que colocaria o operário no poder e acabaria com esses elementos.
Outro fator que Marx critica é a intensa alienação que as indústrias causam no operário, a ponto deste não saber nem o resultado de seu trabalho, o que bem retratado no filme “Tempos Modernos” de Charlie Chaplin. O Mito da Caverna é outra obra que, indiretamente, retrata essa alienação, pois ao serem criadas na caverna, as pessoas pensam que as sombras são a realidade e não reconhecem a verdadeira realidade, assim como os operários não reconhecem o fruto de seu trabalho.
A música “Admirável Gado Novo” de Zé Ramalho teve grande influência de Karl Marx, pois mostra em sua letra a luta de classes, a alienação, ao comparar a sociedade a um gado, e a mais valia, como pode ser visto no verso ”E dar muito mais que receber”.
Andrey Afonso Teixeira