A filosofia de moisés
A Filosofia de Moisés
Carlo Bussola
Moisés conhecia a descrição do universo visível, mas não dava importância
“Moisés, como todos os iniciados nos mistérios superiores, entendia que não há corpo sem Princípio Vital que lhe dê vida”
Considero o monoteísmo uma das descobertas mais importantes da humanidade e é por isso que estou dedicando-lhe vários capítulos tendo Moisés no centro, já que foi ele que o impôs a nós euro-americanos e outros grupos sociais que viessem em contato conosco.
Na Filosofia de Moisés a cosmogonia a que ele se refere não é a moderna cosmografia descritiva.
Moisés, como os sacerdotes filósofos de então, conhecia a descrição do universo visível, mas não dava grande importância a isto, pois ele sabia que a ordem visível do universo exigia uma “alma”, uma vida atrás desse movimento de evolução e revolução; aliás, havia uma “alma” e uma “vida” ainda por dentro desses corpos celestes em movimento.
Poderíamos expressar isto em linguagem científica e filosófica moderna, assim: essa matéria universal tem em si, ou é acompanhada por uma Inteligência que é o reflexo da Alma Universal cujas
“vibrações” intelectuais deram e dão início à dança dos elementos para a formação dos átomos e das células até a formação dos corpos.
Era uma ordem descendente, por emanação, das Forças Vitais que procediam da plenitude da
Divindade e, deste modo, vivificavam a cosmogonia atribuindo a cada ser um “segmento” (por assim dizer) de Alma Universal. Expressa em forma diferente, às vezes mais clara, às vezes mais escuras, esta era a Filosofia dos antigos pensadores: de Orfeu a Pitágoras; de Pitágoras a Platão; de Platão aos neoplatônicos antigos e modernos.
É nesta luz que devemos entender os primeiros 10 capítulos do
Gênesis: eles deviam constituir a verdadeira ontologia de Moisés: uma ontologia hoje incompleta e, às vezes, inacessível por causa das sucessivas e muitas traduções. Assim