A Filosofia das Luzes

756 palavras 4 páginas
O avanço científico ocorrido no século XVII deu origem à ideia de progresso, de que as coisas mudam e evoluem. A instalação da monarquia constitucional parlamentar na Inglaterra mostrou que também a política e a sociedade podem mudar, e que suas instituições não são eternas nem estáticas.
Começava-se a acreditar que a miséria humana era fruto da ignorância, e que somente a razão poderia iluminar o pensamento e modificar as condições da vida humana. Essa nova versão de mundo fez surgir, em meados do século XVIII, um movimento filosófico chamado "Iluminismo". Os filósofos iluministas questionaram o poder real, os privilégios da nobreza, a religião, a economia, a educação, a escravidão, o colonialismo e etc., submetendo todas as questões à razão e à crítica.
O pensamento de John Locke e a Declaração dos Direitos, surgidos na Inglaterra no século XVII, exerceram grande influência sobre os iluministas, inspirando-lhes a uma concepção política contrária ao absolutismo: o liberalismo, significava a limitação do poder do governante por uma constituição e por um parlamento. Na economia, era contrário às restrições mercantilistas (como monopólios) e à intervenção do governo na vida econômica.
Os iluministas contestaram a sociedade estamental. Para eles, a desigualdade era provocada pelos próprios homens, e não por desejo de Deus (como afirmava a Igreja Católica). Assim como não existiam leis para regular os fenômenos da natureza, havia naturais para regular as relações entre homens. Essas leis naturais seriam: igualdade, liberdade de expressão, tolerância religiosa e defesa de propriedade.
A maioria dos filósofos iluministas era francesa. Expuseram suas reflexões em banquetes e salões nobres, em cafés, jornais, livros, cartas enviadas para pensadores monarcas de outros países. De Paris, suas ideias se difundiram por toda a Europa.
Uma grande síntese do pensamento iluminista e do conhecimento humano da época encontra-se da "Enciclopédia", obra que teve como principais

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