A filosofia da educa o segundo Paulo Ghiraldelli
Para Ghiraldelli a filosofia da educação é a desbanalização da banalização da educação, muitas vezes a educação, o ensino, a escola, a atividade do professor, são tomados como coisas banais, faz parte da filosofia da educação desbanalizar isto, tornar isso estranho, de modo que as pessoas comuns possam voltar a prestar atenção na filosofia da educação e nestes elementos da filosofia da educação, Mas o que podemos fazer através da filosofia da educação para chamarmos atenção para elementos educacionais de modo que as pessoas estranhem estes elementos?
De acordo com ele basta tornarmos estes elementos não mais banais, por exemplo, a escola, a maioria das pessoas acreditam que a escola é um local onde as crianças devem ser encaminhadas necessariamente, no entanto há aqueles que não acham a escola necessária na formação dos indivíduos, quem acredita nisso?
O direito a educação é indiscutível, ninguém imagina que alguém possa reclamar da existência deste direito, no entanto há filósofos que discordam disto, que nos mostram um certo estranhamento quanto a escola, como por exemplo Rousseau, e em certos momentos até mesmo Paulo Freire.
Rousseau fez com que as pessoas estranhassem a educação, com o seu romance “O Emílio” ele conta a historia de um garoto que é educado de forma natural, de modo que o lema do “mestre” deste menino é mais ou menos assim: “nada que Emílio vá aprender é algo que ele tenha que receber, ele primeiro deve inventar, descobrir, para depois aprender.
O “mestre” de Emílio diz o seguinte no romance de Rousseau: “Emílio não vai olhar para o céu, para as estrelas sem antes inventar o telescópio...” Rousseau não fala isso de modo literal, trata-se de uma metáfora. Uma metáfora para dizer que Emílio deve primeiro aguçar a sua criatividade natural e depois então a sua capacidade de receber o que vem de fora Rousseau está com isso tentando fazer com que nós estranhemos a educação de sua época, uma educação