A Filosofia como alicerce
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A filosofia no ensino como alicerce das ações dos profissionais da saúde” A saúde é um campo polêmico, complexo, implicado com a consideração da preservação da vida e sem sofrimento, num sentido genérico. Prestar assistência a alguém necessitado, como profissional de saúde significa transitar neste campo movediço. As dificuldades com as generalizações de conduta começam quando pensamos que um mesmo ato pode ter nuances diferente, com graus diferentes de bem ou mal, conforme a circunstância em que ocorre. Isto nos coloca diante do fato de ter de reconhecer na filosofia um aliado para as transformações dos comportamentos excessivamente tecnicistas dos profissionais de saúde, num certo sentido. Além das questões especialmente práticas das condutas terapêuticas, convivemos com uma gama muito grande de normas e padrões de conduta, muitas vezes originários de crenças religiosas ou opções filosóficas. Neste cenário, inúmeras vezes uma pessoa se recusa a um tratamento benéfico para não abjurar sua crença, o que se constituiria num ato ético, desde uma perspectiva relativista. Neste sentido, já se delineia a necessidade da filosofia no processo decisório do profissional, uma vez que se depara com conflitos de interesses, pois para ele a premissa é salvar vidas. Uma conduta positiva é dificilmente generalizável com sucesso, porque não é possível ser preciso e isento a respeito da filosofia, da estética ou da política, ou seja, quando defendemos um ponto de vista sobre o que é certo ou errado em uma conduta, o fazemos levados por um senso subjetivo ou visão de mundo, ou por padrões e normas. Num e noutro caso o lócus de controle da conduta está baseada em interesses subjetivos ou em interesses corporativos, em ambos os casos muito longe do que se poderia designar como responsabilidade profissional, ou comportamento ético positivo.
A tarefa destinada a mim neste capítulo é tecer considerações sobre a aplicação da filosofia no ensino de